AERO ASAS
SJPR – VHF: 133.575
025° 32' 58" S | 049° 38' 35" W
Pista 03 - 21
Altitude 2.950 pés
Meteorologia
Contato (41) 98786-5380
Perplexo com os preços praticados nos Aeródromos da região para venda de lotes ou de hangares, uma certa tarde o comandante Marlos foi renovar seu exame médico com o Dr. Plínio.
Entre auscultar o coração, medir pressão e outras coisas etc, puseram-se a falar de aviões, pistas, vôos, etc, os dois são pilotos.
E acabaram por descobrir que estavam em idêntica situação: desanimados não só com os preços, bem como com as pistas, cheias de restrições.
Brincaram que ou pegariam uns 50 barões de cada um e comprariam uma chácara com uma ”pistinha” de grama no meio, ou sabe o que ? Venderiam os aviões!
Um projeto para praticar o voo com custos reduzidos e qualidade.
Mas que vender avião que nada ! Além de ter renovado o seu exame de saúde, Marlos e Plínio resolveram transformar uma conversa em realidade.
Marcaram uma reunião em um sábado a tarde, e convidaram 6 colegas, que ficaram entusiasmados com a história da compra de uma área para fazer uma chácara com a pista.
A partir daquele momento, o projeto cresceu e a construção de um verdadeiro aeroclube para a aviação leve, experimental e desportiva passou para o projeto.
Criamos uma meta: Pista de no mínimo 600m, vento predominante aproado, cabeceiras livres. E não teriam pressa, procurariam até achar. E que este lugar não poderia ficar a mais de 25 minutos de Curitiba.
Assim que decidido, ainda sem terras sequer à vista como Cabral em 1500, marcaram outra reunião, e desta vez cada um dos 6 fundadores chamou mais amigos para participar. Foram 70 pessoas na 1ª reunião.
Todos no mesmo espírito, e por incrível que possa parecer possa, muita gente dos aeródromos antigos veio participar do projeto novo.
Pista seria asfaltada, com asfalto betuminoso à quente (coisa rara para a aviação leve, esportiva e experimental). Taxiways de asfalto. Hangares padrões 13 x 13.
Uma senhora pista de 530m com mais 20m em cada sentido”.
Um projeto para praticar o voo com custos reduzidos e qualidade.
Depois de muito procurar, encontraram uma área que tinha cinco donos (um pedaço de cada um).
Quando praticamente fecharam com 4, estavam a procura do 5º dono, e conseguiram localizar, e praticamente fechar, um dos outros 4 vendera uma fração de terra a um terceiro, o que inviabilizou totalmente a aquisição, pois não comportaria a pista.
Porém o “não” que já haviam levado dos donos da terra da frente, uma outra terra, bem mais plana, alta e bonita, se transformou em sim, quando souberam que a área seria para um aeroclube.
Porém havia meio alqueire (dos 4 alqueires), que pertenciam a uma outra família, e sem aquele “meio alqueire”, a pista não teria a dimensão necessária.
A “matriarca” da família recebeu o Marlos e o Plínio numa noite de 5 graus, e após um bom chá de cadeira disse, apontando o indicador na proa das narinas dos pilotos, sem sequer dar boa noite disse: “eu não quero vender minhas terras !!!!”.
A Dona Tereza então virou as costas e foi na direção do seu fogão a lenha, deixando todos mudos e com as testas enrugadas.
Depois de algum tempo decidiram voltar, os filhos e ela viram o projeto, e concordaram.
O lugar então, que de geração em geração viu a terra dar cebolas, melancias, milho, batata e feijão, agora passaria a ser a futura sede do mais jovem e moderno aeroclube do País para aviões pequenos.
E o primeiro desenho, feito pelo Plínio e pelo Marlos numa folha A4, depois de um jantar com as respectivas famílias, então aos cuidados de um engenheiro, (Tiago Pastre) o projeto foi feito.
Só que quando conseguiram comprar as terras, na cidade de Balsa Nova, a 25Km de Curitiba, muitos amigos se desligaram do grupo porque estas terras ficam no setor Noroeste, e para quem mora no Sul, seria uma “viagem”, e isso sem contar que no Sul de Curitiba temos pelo menos 3 aeródromos. Assim o grupo acabou ficando inicial de somente 42 pessoas.
A Biruta amarela já cansou de nos brindar com o vento aproado para a 03, predominante.
Compraram as terras, 4 alqueires, contrataram empreiteiras, topografia e etc.
Depois começaram as obras, e o mato foi dando lugar a um belo aeródromo.
Uma pista de 530m com mais 20m em cada sentido.
Largura de 12 metros. Afastamento de qualquer obstáculo lateral (hangares) a 60 metros.
Cerca. Instalações elétricas. Hidráulicas. Esgoto com capacidade para 12 mil litros/dia, conforme determinou o órgão ambiental.
Foi necessário na época rebaixar fios de alta tensão na cabeceira 21. Tudo com recursos próprios.
E o melhor: cabeceiras livres – absolutamente livres, ambas.
Posto de combustível (AVGAS) e seus acabamentos inclusive calçadas com pavers.
Para esta categoria de voo, é o único em que os hangares possuem alarme de incêndio com sensores de fumaça, alarme, além de câmeras de vigilância.
Foi necessário à época rebaixar fios de alta tensão na cabeceira 21. Tudo com recursos próprios.
A portas são de abrir “para cima” com contrapeso.
É um Aeródromo que nasceu com uma outra proposta !
O simpático prefeito de Balsa Nova estranhou que uma comitiva da Diretoria foi falar com ele, expos o projeto mas “não pediu nada”...Entendemos que a Prefeitura deve se ocupar de saúde, educação, transporte público, e não de aeródromos privados, em que pese seja de utilidade pública e à disposição do Estado.
É como se disséssemos: não pedimos nada. (mas também não pode haver impedimentos, pois tudo está sendo feito de acordo com as normas). Então que se esperou foi celeridade, e isso nós tivemos na apreciação dos projetos junto aos órgãos públicos.
É um Aeródromo que nasceu com uma outra proposta !…
Os hangares são padrões, 13 x 13, No chamado “setor I” (um dos lados da pista), temos até o momento 38 hangares com capacidade para 48. No setor II, teremos mais 47 hangares.
Hoje há vagas disponíveis no setor I e II.
O aeroclube leva o nome do instrutor dos dois idealizadores, Aeródromo Privado Werner Egon Schrappe, que já não dá mais aulas, mas a cada dia nos ensina algo novo com sua história na aviação leve.